A
Saúde Pública no Brasil vai de mal a pior. Por todo o país vemos hospitais
superlotados, postos de pronto atendimento precários. Falta atendimento
especializado, não há remédios, além de poucos profissionais. A deficiência no
serviço público de saúde é gravíssima.
Por
parte dos governos o que se percebe é total abandono e negligência. A saúde que
“é um direito de todos e dever do Estado”, torna-se cada vez mais privilégio de
poucos.
No
Brasil são destinados 280 dólares anuais por pessoa em saúde. Esse valor está pouco
acima da média registrada na América Latina, no entanto não chega nem a metade
da média mundial. O investimento é baixo e boa parte desse dinheiro não chega
ao seu destino. Escândalos de corrupção, ausência de fiscalização e falta de punição
aos corruptos fazem parte do cotidiano da saúde no país.
Guarulhos,
há mais de doze anos governada pelo PT, não se diferencia do restante das
cidades brasileiras no que se refere a saúde pública. Além de todos os
problemas citados acima, recentemente o Hospital Municipal de Urgência (HMU) foi
interditado por conta de contaminação por uma bactéria resistente a vários
antibióticos, a “acinetobacter baumannii”. Nos últimos dois meses, quatro pacientes
do hospital morreram por complicações causadas por essa bactéria.
O
atendimento que já é rotineiramente precário ficou ainda pior. Desde a
interdição da unidade hospitalar, pessoas que estavam hospitalizadas foram transferidas
e os funcionários tem barrado a entrada de pacientes e de parentes deles. Em
nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Guarulhos informou que a previsão de
reabertura do HMU será no dia 1 de julho. A Secretaria orientou ainda que, em
casos de urgência e emergência, as pessoas procurem outras unidades de
pronto-atendimento. Exames e consultas, difíceis de marcar e com longo prazo de
espera, serão reagendados. Ou seja, nenhum plano emergencial foi criado. A
administração pública age como se houvesse acesso fácil, rápido e qualificado
ao sistema de saúde municipal ao encaminhar os pacientes para outras unidades.
A
verdade é que a Saúde não tem sido prioridade do governo municipal e quem sofre
é a população que depende deste serviço. Para resolver o caos na saúde é
preciso investimento, por isso defendemos que sejam destinados 10% do PIB para
a Saúde pública o que possibilitará construção de hospitais, postos de pronto
atendimento, contratação de médicos, especialistas e demais profissionais da
Saúde.
O
PSTU Guarulhos se solidariza com as famílias que perderam seus entes queridos,
bem como com todas e todos que dependem da saúde pública. Também fazemos um
chamado aos profissionais da saúde e demais servidores públicos municipais a
fazerem um chamado as suas entidades sindicais e construir com outros setores
uma forte mobilização, a Greve Geral para derrotarmos o ajuste fiscal, as
Medidas Provisórias 664 e 665, que reduzem direitos trabalhistas, além da PL
4330 das terceirizações. Para termos vitórias é preciso nossa organização e
luta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário