No ano de 2014 o problema da falta de
água ganhou destaque nacional. A falta de chuvas somada a falta de investimento
dos governos para o setor acarretou em racionamento de água para diversas
cidades da Região Sudeste.
Em Guarulhos a situação piorou muito
este ano. A cidade já racionava água em diversos bairros, porém após abril,
alguns bairros chegaram a ficar sem água por até 1 semana. Apesar disso o
Governo Alckmin alega não ter racionamento de água.
Porém não é só este problema que o
Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) enfrenta em Guarulhos. A autarquia
Municipal compra 87% de sua água por atacado da SABESP para distribuição na
cidade, e esta alega que o SAAE já acúmula uma dívida de 2,2 bilhões de reais.
A dívida astronômica acontece por que as empresas
tem uma diferença de avaliação nos valores do metro cúbico da água. Enquanto a
Sabesp cobra R$ 1,24 por m³, o Saae se prontifica a pagar apenas R$ 0,70, uma
diferença de 43,18%. Ou seja, a cada m³ consumido em Guarulhos, a dívida com a
estatal aumenta em R$ 0,54. Outros municípios também questionam a taxação no
valor da água imposta pela SABESP.
O acordo proposto pela justiça é o pagamento da
dívida em um período de 17 anos. Guarulhos deveria pagar aproximadamente 100
milhões anuais à SABESP, isso sem considerar os juros e a correção do período.
O SAAE diz que precisa iniciar imediatamente o
pagamento da dívida junto a SABESP, já que o não pagamento comprometeria os
repasses de água para o município. Comprometeria também as verbas que a empresa
recebe para o Programa de Tratamento de Esgoto enviadas pelo Governo Federal
através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O SAAE contesta a dívida na justiça, e pede uma decisão
sobre o valor da tarifa para o período.
Enquanto as empresas enfrentam a batalha
judicial, a população de Guarulhos teme um novo aumento nas contas de água,
além de sofrerem com o rodízio e a falta d’água.
Em Diadema a SANED passou por problemas semelhantes
Diadema é uma cidade que foi dirigida pelo PT
desde 1983, foram 28 anos de governo com 7 mandatos à Prefeitura. A empresa municipal
responsável pelo serviço de distribuição de água SANED também acumulou uma
dívida bilionária junto a SABESP.
No inicio deste ano
no mês de março o Prefeito da cidade Lauro Michels (PV) entregou a companhia a
SABESP alegando ser a única maneira de zerar a dívida bilionária junto a
empresa Estadual.
O Problema é que a
SABESP apesar de ter o monopólio na exploração e captação de recursos hídricos
no Estado de São Paulo, ela já não é mais uma empresa 100% Estatal. A Empresa
já é composta por economia mista e tem suas ações discutidas na Bolsa de
Valores de Nova York. A Sabesp diz que o valor de sua tarifa paga os custos
efetivos da companhia com a captação da água bruta, tratamento e envio da água
vendida por atacado. Porém, sempre se recusou a abrir qualquer planilha comprovando
suas contas.
Pesa também o fato
de que parte dessa Diretoria da SANED indicada pelo Governo Petista migrou para
o SAAE em Guarulhos 2002.
Alckmin/PSDB e Almeida/PT não podem penalizar a população e os
trabalhadores
Em decorrência da dívida acumulada o
SAAE agora começa a aplicar uma política de contenção de despesas prejudicando
os trabalhadores. As condições de trabalho têm piorado muito, o ritmo aumentado
e em decorrência disso o número de acidentes de trabalho aumentou, a quantidade
de servidores doentes também.
Durante a gestão Petista de 2001 até
agora o SAAE teve redução em seu número de funcionários, por volta de 435
funcionários a menos e os trabalhadores já somam 50% de perdas salariais no
período.
Não pode ser também que a fatura seja
repassada aos moradores da cidade, que já pagam um alto preço pela água, que é
um direito básico de todos. Não é possível viver sem água, portanto deve ser
tratada como um direito básico a toda a população.
Ainda não existe uma solução para o
impasse em relação ao pagamento da dívida, mas é necessário responsabilizar os
verdadeiros culpados por essa má administração, sem punir a população e os
trabalhadores. É preciso também observar o valor de tarifa imposto pela SABESP,
que é contestado por diversas cidades e reduzir esse valor.
Além disso é necessário também que a
SABESP faça a abertura de suas contas, e invista mais nas necessidades de cada
cidade atendida, tanto no serviço de abastecimento de água quanto no de esgoto.
Não é possível que a água um recurso básico sirva para lucrar e encher os
bolsos de dinheiro dos diversos acionistas da empresa.
O PSTU defende a estatização de todo
o Serviço de Captação e Distribuição de Água e Esgoto na cidade, o fim dos
cargos comissionados nas empresas e uma política permanente de valorização do
servidor público em nossa cidade.
O Prefeito
Almeida que já esteve na Presidencia do SAAE, não se posicionou até o momento. Os
trabalhadores do SAAE assim como a população querem e precisam de uma resposta de
Almeida e do Governador Alckmin sobre este impasse.
Gente, eu fiquei sabendo que para as empresas não falta água. Além da água fornecida pelo SAAE, a maioria delas tem Acuífero. Será que existe alguma lei que obriga as empresas a colocar uma torneira do lado de fora. Digo isso porque quando trabalhei na Bardella em 1977 tinha uma torneira na calçada. http://youtu.be/iKHbf1qb8qY
ResponderExcluirQuem tem compromisso com a verdade sabe, que o Saae de Guarulhos vem sendo sugado até a ultima gota por corruptos!
http://youtu.be/I9OzamSrc4Y
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