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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Fala Zafalão: O Problema da Saúde em Guarulhos




Uma das principais preocupações dos Guarulhenses é a falta de qualidade dos Hospitais e dos serviços ligados a saúde. No último período a mídia local e estadual tem veiculado uma série de reportagens denunciando o caos neste setor. As longas filas de espera para marcar consultas e ter acesso a exames já se tornou rotina na vida da população que depende deste serviço. 

No sábado dia 12 de julho uma reportagem do Jornal Folha Metropolitana denunciou a falta de medicamentos, um problema crônico de nossa cidade. O Secretário da saúde, Carlos Derman, afirmou que não houve planejamento na compra e distribuições de medicamentos, disse que na área da saúde nunca haverá planejamento para tudo, pois é impossível. 

Este secretário é o mesmo que quando entrevistado pelo Jornal Bom Dia Brasil no dia 23 de agosto do ano passado, sobre a situação caótica da saúde, com denúncias de pacientes que esperavam até 1 ano por uma consulta atribuiu a culpa dos problemas ao excesso de pessoas, dizendo que quando o posto de saúde entrava em contato com o paciente para agendar a consulta muitos já haviam trocado o número do telefone. Terminou a entrevista otimista dizendo: “Você tem que ver que as pessoas estão vivendo mais, tem menos mortes na infância. A situação é muito melhor”. O secretário está à frente da pasta há 6 anos. 

Um estudo do Conselho Nacional de Medicina apontou que a cidade investiu a quantia de R$1,76 diário por habitante em saúde, o que está abaixo da média Nacional que é de R$3,05. Estudos apontam que mesmo nas cidades em que é investido o valor mais alto, as quantias destinadas a saúde não tem garantido um serviço de qualidade, afinal o valor envolve todos os gastos com saúde no município, incluindo compra de equipamentos, gastos com materiais, folha de pagamento do quadro de funcionários da pasta e outros. Este valor já se mostrou insuficiente. A cidade é a 8º em arrecadação do país. 

Por um programa socialista para a saúde em Guarulhos!

Não é possível inverter o quadro da saúde pública dessa maneira. Alckmin (PSDB) se mantém anos no poder já se mostrou incapaz de resolver essa situação caótica. Os governos Dilma (PT) através do então ministro da saúde Padilha (candidato a governador do Estado pelo PT),  propôs o projeto “ Mais Médicos’’ para sanar os problemas da saúde no país, mas o que segue é o caos. Almeida (PT) que governa a cidade também não avança em políticas públicas e investimento no setor da saúde. Não podemos mais tolerar falas como a do Secretário numa cidade que é a 8ª em arrecadação do país; de que “na saúde nunca vai dar para planejar todos os detalhes”, remédio para tratamento de doenças não é um detalhe, muitas vezes é decisivo para a vida do paciente. 


Para mudar de verdade a situação é preciso defender um orçamento maior para a saúde iniciando no âmbito Federal. Nós do PSTU defendemos 10% do PIB Nacional para a saúde pública exclusivamente; defendemos também 25% da verba estadual e municipal para a manutenção da saúde estatal. Para isso é preciso que se rompa com o pagamento da dívida pública para que sobre mais recursos para saúde, educação, moradia e outros investimentos de interesse social.

Precisamos acabar com as terceirizações e privatizações no setor, estatizar os hospitais privados para aumentar o número de leitos oferecidos e colocar um fim as altas despesas com saúde privada nas costas dos trabalhadores. 

Um grande concurso público com a contratação imediata de funcionários para a saúde se faz necessário, não só para contratar médicos, mas também enfermeiras e todos os profissionais necessários para a ampliação do atendimento em saúde. Precisamos acabar com a terceirização e privatização das relações de trabalho, sejam elas na forma de contratos, cooperativas, ONGs, Organizações Sociais (OS), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPS), SSA (Serviço Social Autônomo) e Fundações Estatais de Direito Privado (FEDP).

É preciso ampliar o serviço específico de atendimento à saúde de LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais e pessoas Trans*) garantir que as instituições respeitem a diversidade. Colocar um fim na discriminação nos hemocentros também se faz necessário. Pelo cumprimento da portaria que institui a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais no SUS.

Este é o programa que os candidatos do PSTU defenderão para essas eleições. Não é justo que os que sempre governaram nossa cidade inventem diversas soluções mágicas para o problema da saúde, e não resolvam o problema do investimento na área, e continuem jogando recursos públicos na iniciativa privada enquanto a população sofre nas filas dos hospitais. 

Por um S.U.S. 100% Estatal! 

25% do orçamento do Estado e Município para a Saúde!!


João Zafalão, militante do PSTU e candidato a Deputado Estadual pelo Partido

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